O portal Wikileaks enfrenta dificuldades financeiras e perde mais de 480 mil euros por semana desde que, em finais de Novembro, começou a divulgar 250 mil telegramas da diplomacia norte-americana, revelou o seu fundador, Julian Assange.
"Perdemos mais de 600 mil francos suíços (cerca de 480 mil euros) por semana desde que começámos com a divulgação dos telegramas diplomáticos. Para continuar com as nossas actividades, será necessário, de uma maneira ou outra, recuperar esse dinheiro", afirmou Julian Assange em entrevista aos jornais suíços "La Tribune" e "24Heures" e citado pela agência France Presse.
Questionado sobre se as múltiplas pressões de que é alvo poderão ditar o fim da actividade do portal ou levá-lo a desistir, Assange foi peremptório: "Do ponto de vista pessoal, não. Eu diria, inclusive, que as pressões fortalecem a minha determinação".
Mas Assange reconheceu que "do ponto de vista financeiro, a situação é diferente".
Julian Assange está no Reino Unido, onde aguarda uma decisão sobre a sua possível extradição para a Suécia, onde é visado num processo de crimes sexuais. A data do seu processo deverá ser fixada amanhã, terça-feira, por um tribunal de Londres.
Julian Assange desmentiu, por outro lado, rumores de que teria apresentado um pedido de asilo ao governo suíço, ressalvando no entanto que a questão continua em aberto.
"Encontramo-nos a avaliar o país mais adequado em termos de segurança para mim e para os meus colaboradores. Nada está decidido. A Suíça continua a ser uma possibilidade", disse Julian Assange, adiantando que também não exclui a Austrália, o seu país de origem.
O Wikileaks, um sítio na Internet especializado na divulgação de documentos confidenciais, começou a 29 de Novembro de 2010 a divulgar mais de 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos, o que suscitou duras críticas das autoridades norte-americanas e a promessa de acções legais contra o seu fundador.
fonte: JN
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