RELÓGIO DO APOCALIPSE

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Poderá demorar 10 anos para sair da crise


Na opinião de Augusto Mateus, reconhecido economista, o nosso País deve demorar cerca de 10 anos para sair da crise, mas existem medidas que devem ser tomadas, tais como “corrigir a despesa pública excessiva e melhorar a competitividade reduzida”. E, no fim da palestra sobre o estado da nação, o secretário de Estado da Administração Local, disse que os “diagnósticos são muitos, mas poucas as soluções”, tendo o economista apresentado apenas medidas genéricas.

Só que o mais grave é que para além dos diagnósticos, também já sabemos algumas medidas que devem ser tomadas. No entanto, o grande problema do nosso País consiste em todos, sem exceção, terem de as seguir. E os governos que lideraram o Estado português têm governado para manter o poder, com medo de não serem populares. Disso temos como exemplo a campanha eleitoral para o primeiro governo de José Sócrates, quando este disse que não seriam colocadas portagens nas SCUTS, enquanto não existisse igualdade entre o interior e o litoral. Já o candidato Santana Lopes disse que seria necessário as portagens para equilibrar as contas públicas e, agora, no início do segundo mandato do governo de José Sócrates, já temos as SCUTS com portagens.

Ora este é o grande problema do nosso País, pois, a população portuguesa normalmente espera que seja o governo A, B ou C a mudar a situação. E o pior de tudo é o facto de muitos políticos pedirem sacrifícios aos portugueses, mas depois não se observarem melhorias na qualidade de vida do povo, ou seja, começa a cair em descrédito a palavra dos políticos.

Que futuro nos espera?

Como será que os políticos portugueses vão resolver as situações difíceis da nossa economia? Terão estes coragem de realizar as reformas necessárias? Mesmo que essas medidas os possam fazer perder votos?

Medidas na justiça seriam das mais importantes no contexto económico português, mas a pergunta que se faz é a seguinte: o que tem a justiça a ver com a forma de gerar valor na nossa economia? Resposta: nenhuma empresa multinacional se quererá instalar num país onde os processos judiciais se arrastam no tempo.

E será a liberalização da lei laboral o motor que falta para relançar a nossa economia? Vamos esperar para ver o que ditam as medidas apresentadas pelo governo na semana passada, porém, não deixa de ser necessário pensar que chegou o momento de fazer tratamentos profundos diretamente na raiz dos problemas sociais, económicos e laborais. Enfim, chegou o momento dos políticos tomarem medidas a pensar na população e deixarem de pensar no poder que detêm. Pois, se não se aproveitar este momento de dificuldades económico-financeiras, que se abateram sobre o Mundo e a Europa em especial, para se realizarem reformas de fundo, seremos de novo apanhados de surpresa em situações similares.


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