A hora do relógio do Juízo Final, um simbolismo que reflete como está a perigosidade do mundo, foi atualizada esta quinta-feira em Washington, nos Estados Unidos: estamos a dois minutos da meia-noite, a hora que representa o apocalipse. Exatamente a mesma posição em que os ponteiros estavam no ano passado, marcando, pela terceira vez, a maior aproximação feita à meia-noite desde que o relógio existe.
Todos os anos o relógio é atualizado pelo Boletim de Cientistas Atómicos. "Este novo anormal é simplesmente muito volátil e perigo demais para ser aceite", alertou a presidente do grupo, Rachel Bronson, durante a apresentação do relógio de 2019.
"Apesar de se manter inalterado desde 2018, este cenário deve ser tido não como um cenário de estabilidade, mas como um aviso para os líderes e cidadãos do mundo inteiro", continuo a presidente.
Durante a revelação do relógio, os cientistas referiram a melhoria da relação entre os Estados Unidos e a Coreia do norte e criticaram o aumento das alterações climáticas e as crises diplomáticas no mundo. Foram ainda abordadas as "notícias falsas" como um dos elementos mais preocupantes neste momento.
Quem coloca os ponteiros no relógio todos os anos é um grupo de cientistas da Universidade de Chicago, criado em 1945, responsável pelas primeiras armas atómicas. Autointitularam-se Boletim de Cientistas Atómicos e dois anos depois começaram com o relógio do "Juízo Final", que inicialmente marcava 7 minutos para a meia-noite.
Nos últimos anos, o ponteiro grande tem-se vindo a aproximar cada vez mais da meia-noite, metáfora para o aumento da probabilidade de acontecer uma catástrofe global.
O relógio atingiu a sua proximidade máxima do "apocalipse" nos últimos dois anos e em 1953, quando a Harry Truman anunciou, a 7 de janeiro, ao Congresso que os Estados Unidos tinham desenvolvido uma bomba de hidrogénio. Pelo contrário, o ano em que o relógio esteve mais distante do Juízo Final (17 minutos para a meia-noite) foi em 1991, depois da guerra fria e da queda do muro de Berlim, quando os Estados Unidos e e a URSS assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas.
fonte: Diário de Noticias
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