O Governo norte-americano pediu ao Twitter dados pessoais sobre várias pessoas relacionadas com o WikiLeaks
A informação surge em documentos judiciais de um tribunal do estado da Virgínia citados pela BBC.
De acordo com os documentos, a justiça norte-americana pediu ao popular serviço de micro-blogues diversos dados pessoais sobre pessoas ligadas ao site criado por Julian Assange.
Os dados das pessoas em causa, que incluíam o próprio Assange ou uma deputada islandesa, diziam respeito à identidade dos visados no Twitter, morada, contacto telefónico ou detalhes de pagamentos, entre outros aspectos.
Nos documentos a informação detida pela rede social é descrita como «relevante para uma investigação criminal em curso».
Datados de 14 de Dezembro de 2010, os documentos referem que o Twitter teria de dar uma resposta às autoridades no prazo de três dias, sem contudo tornar pública a investigação.
A estação britânica refere que as ordens do tribunal foram entretanto alteradas e a empresa detentora do serviço pôde revelar o pedido aos utilizadores visados.
Em comunicado Julian Assange critica a ordem judicial afirmando que «se o Governo iraniano tentasse obter de forma coerciva esta informação de jornalistas ou activistas estrangeiros, os grupos de direitos humanos de todo o mundo falavam no assunto», adiantando que o caso apenas foi conhecido devido ao próprio Twitter.
Em declarações à BBC o advogado do criador do WikiLeaks, Mark Stephens, argumenta que «é uma grade desilusão que o Departamento de Justiça [dos EUA] tenha deixado de brincar aos advogados e passou a brincar às políticas».
Já o Twitter negou comentar o pedido das autoridades e revelou que «para ajudar os utilizadores a proteger os seus direitos, é nossa política notificá-los sobre pedidos de informação legais e governamentais, a não ser que sejamos impedidos por lei de o fazer».
fonte: Sol
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