RELÓGIO DO APOCALIPSE

domingo, 30 de janeiro de 2011

Reserva alimentar deve ser uma prioridade política para Portugal


Guardar aliementos para enfrentar situações de crise alimentar, catástrofes naturais ou convulsões sociais inesperadas é algos que preocupa pouco os portugueses.

Portugal deve dar prioridade política à constituição de uma reserva alimentar, defendeu hoje o presidente da AICEP, Basílio Horta.

Basílio Horta, presidente da AICEP , alertou para o aumento dos preços dos bens alimentares a nível internacional e para a elevada dependência de Portugal face ao exterior.

"Ter uma reserva alimentar é uma questão de prioridade política", declarou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), acrescentando que Portugal "tem terras disponíveis" e deve aproveitá-las para "não continuar a importar dois terços do que consome".

O presidente da AICEP falou à Lusa após um pequeno-almoço sobre o sector agro-alimentar, organizado pela Vida Económica, sublinhando que as exportações têm aumentado e representam já cerca de 11% do total nacional, "o que revela um grande esforço por parte do setor". Ainda assim, a balança comercial ainda apresenta um défice de €4 mil milhões.

Pôr os campos a produzir

Basílio Horta frisou que se torna "cada vez mais relevante a criação de uma reserva alimentar que passa por todo o género de alimentos" e que é preciso incentivar a produção agrícola, face ao aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.

Recorde-se que Portugal depende em mais de 80% do exterior para suprir as suas necessidades só no sector dos cereais. O país apenas é auto-suficiente em vinho, leite, hortofrtícolas e carne.

No subsector do azeite Portugal começa agora a aproximar-se da autosuficiência, após quatro décadas de grande dependência do exterior, nomeadamente de Espenha.

fonte: Expresso

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