Guardar aliementos para enfrentar situações de crise alimentar, catástrofes naturais ou convulsões sociais inesperadas é algos que preocupa pouco os portugueses.
Portugal deve dar prioridade política à constituição de uma reserva alimentar, defendeu hoje o presidente da AICEP, Basílio Horta.
Basílio Horta, presidente da AICEP , alertou para o aumento dos preços dos bens alimentares a nível internacional e para a elevada dependência de Portugal face ao exterior.
"Ter uma reserva alimentar é uma questão de prioridade política", declarou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), acrescentando que Portugal "tem terras disponíveis" e deve aproveitá-las para "não continuar a importar dois terços do que consome".
O presidente da AICEP falou à Lusa após um pequeno-almoço sobre o sector agro-alimentar, organizado pela Vida Económica, sublinhando que as exportações têm aumentado e representam já cerca de 11% do total nacional, "o que revela um grande esforço por parte do setor". Ainda assim, a balança comercial ainda apresenta um défice de €4 mil milhões.
Pôr os campos a produzir
Basílio Horta frisou que se torna "cada vez mais relevante a criação de uma reserva alimentar que passa por todo o género de alimentos" e que é preciso incentivar a produção agrícola, face ao aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.
Recorde-se que Portugal depende em mais de 80% do exterior para suprir as suas necessidades só no sector dos cereais. O país apenas é auto-suficiente em vinho, leite, hortofrtícolas e carne.
No subsector do azeite Portugal começa agora a aproximar-se da autosuficiência, após quatro décadas de grande dependência do exterior, nomeadamente de Espenha.
fonte: Expresso
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