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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pais de “Maddie” consideram “repugnante” o comportamento dos tablóides britânicos























Os McCann testemunharam perante a comissão de inquérito às escutas ilegais

Os pais de Madeleinne McCann, a criança que desapareceu no Algarve em 2007, testemunharam nesta quarta-feira perante a comissão de inquérito que está a investigar o caso das escutas ilegais no Reino Unido e não pouparam críticas aos tablóides britânicos.

Kate McCann, a mãe de Madeleinne, condenou o comportamento “repugnante” dos tablóides britânicos. “Não mostraram qualquer respeito por mim, nem como mãe nem como ser humano”, disse aos responsáveis da comissão.

Um jornal chegou a acusar os pais de “Maddie” de terem vendido a filha e o News of the World, jornal do magnata Rupert Murdoch que encerrou na sequência do escândalos das escutas telefónicas que atingiu políticos, membros da família real e vítimas de crimes, chegou a publicar partes do diário de Kate McCann, sublinhou a AFP.

“Maddie” desapareceu do quarto onde se encontrava no Algarve a 3 de Maio de 2007, faltavam poucos dias para fazer quatro anos, e não voltou a ser encontrada. Nesta quarta-feira, o pai, Gerry McCann, disse que as suspeitas sobre si e a sua mulher, publicadas na imprensa, foram “totalmente falsas e inventadas”. E adiantou: “Fomos julgados pelos media e incapazes de nos defendemos correctamente”.

O Daily Star chegou então a publicar um artigo com o título “Maddy vendida por McCann falidos” e, segundo o casal, a família foi perseguida por jornalistas que “aterrorizaram” os seus dois filhos gémeos, logo que chegaram ao Reino Unido.

Kate McCann disse à comissão de inquérito sobre as escutas ilegais que se sente “totalmente violada” e adiantou que o News oh the World publicou excertos do seu diário que, adiantou, terão sido obtidos junto da polícia portuguesa.

No âmbito deste inquérito estão a ser ouvidas várias pessoas que terão sido vítimas de escutas ou de intrusão por parte dos órgãos de informação. “Sentimos que tem de ser criado um sistema para proteger as pessoas comuns dos danos que os media podem causar por comportamentos muito aquém do aceitável”, disse Gerry McCann, citado pela BBC.

Partes do diário de Kate McCann foram publicadas pelo News of the World em Setembro de 2008 e o grupo de Murdoch, o News International, tem sido pressionado para explicar como é que acedeu a esses textos. Ainda antes do fim do jornal, Gerry McCann já tinha apelado para que fosse feita uma investigação sobre o caso. 

Kate McCann reiterou as suspeitas de que a fuga de informação tenha tido origem na polícia portuguesa por ter detectado pequenas diferenças entre o que escreveu e o que foi publicado, o que a leva a acreditar que tenha havido uma tradução para português e depois novamente para inglês, salientou o Guardian. 

fonte: Público

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