Os responsáveis pela gestão da central nuclear de Fukushima ignoraram um relatório, emitido em 2008, que alertava para os possíveis riscos e danos no caso de um tsunami atingir a região. A Tepco, empresa encarregue de gerir a central, recebeu um relatório interno que alertava para os efeitos de um tsunami de dimensões semelhantes ao que assolou o Japão, em Março.
O relatório, datado de 2008, informava os responsáveis da Tepco que a central de Fukushima não estava devidamente preparar para resistir aos efeitos de um tsunami que produzisse ondas que rondassem os 10 metros de altura. Assim, a empresa terá ignorado o relatório que alertava para os perigos colocados à central nuclear caso ocorresse um tsunami.
Em Março, o sismo e subsequente tsunami ergueram ondas com mais de 14 metros que acabariam por causar danos severos à estrutura da central de Fukushima, que não conseguiu impedir as fugas radioactivas que obrigaram o governo japonês a evacuar a região num raio de 30 quilómetros.
De acordo com o The Guardian, na altura os responsáveis consideraram que o relatório continha estimativas «irrealistas», desconsiderando as medidas que evocava. Hoje, o diário britânico revela que Masao Yoshida, director da central desde 2008, vai começar a ser tratado a uma «doença não especificada».
A Tepco já clarificou que a doença de Yoshida não está relacionada com a central de Fukushima, mas vários rumores têm apontado que o gestor estará a lutar contra os efeitos da exposição à radiação nuclear.
Apesar de Masao Yoshida ser o responsável pela gestão da central desde a altura em que o relatório foi alegadamente ignorado, o dirigente tem recebido elogios pela forma como lidou com a catástrofe em Fukushima.
Nos dias e semanas que sucederam o tsunami, foi Yoshida quem ordenou que fosse utilizada água do mar para arrefecer os reactores da central, face aos danos que tinham sido causados nos sistemas de arrefecimento.
fonte: Sol
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