A declaração foi vista como um recado à Rússia e à China
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, criticou nesta terça-feira os países que restringem o acesso dos seus cidadãos à Internet e afirmou que, ao contrário do que alguns Estados defendem, “os direitos humanos devem ser plenamente exercidos” na web.
“Devemos aspirar a um futuro em que a Internet não seja manietada pelo controlo dos Estados e da censura, mas no qual a inovação e a competição prosperem”, disse o anfitrião da Conferência de Londres sobre o Ciberespaço, primeira grande reunião dedicada ao futuro do mundo digital.
A declaração foi vista como um recado à Rússia e à China, dois dos países que mais têm defendido a redacção de tratados internacionais para regular a Internet. Pequim é também um dos países mais criticados por censurar o uso da web, bloqueando sites ou notícias que lhe são prejudiciais.
Mas um representante da Google, uma das empresas convidadas para a conferência, veio lembrar que as tentativas para controlar o ciberespaço não se limitam aos regimes autoritários. A liberdade de expressão “é atacada perto de nós, aqui, na Europa”, disse William Echikson, lembrando que ainda no Verão, após os motins de Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, admitiu bloquear as redes sociais durante períodos de agitação – uma sugestão muito criticada na altura e que Hague ontem considerou “inaceitável”.
fonte: Público
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