Há 20 anos previa-se que o causador de um conflito internacional de proporções mundiais seria o petróleo e acreditava-se que o início da luta armada aconteceria numa nação membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Hoje, os meios de comunicação e os debates internacionais mostram que a água potável do planeta pode-se tornar tão escassa a ponto de causar guerras.
Mais da metade da população mundial – cerca de três biliões de pessoas – sofrerá de escassez de água em 2025, revela um relatório divulgado pela Unesco, a agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura. Se as atuais tendências continuarem, incluindo as secas, o aumento populacional, a crescente urbanização, as mudanças climatéricas, a proliferação indiscriminada do lixo e a má administração dos recursos, o Mundo dirigir-se-á para uma catástrofe.
Segundo o ex-diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, nenhuma região do Planeta poderá evitar as repercussões da crise que atingirá todos os aspetos da vida, desde a saúde das crianças até à capacidade das nações para alimentarem os seus cidadãos. As previsões para o futuro são de fome, doenças e guerras. “Os abastecimentos de água diminuem, enquanto a demanda cresce a um ritmo espantoso e insustentável. Nos próximos 20 anos, a média mundial de abastecimento de água por habitante diminuirá um terço”, disse Matsuura. Publicado a cada três anos, o relatório atual enfatiza a importância da água no desenvolvimento e no crescimento económico.
fonte: Folha de Portugal
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