Um estudo realizado pelo Pentágono dá uma primeira ideia dos problemas psicológicos e de saúde que podem afectar os operadores dos drones, aqueles aviões sofisticadíssimos, orientados a partir de algures no Kansas ou outro qualquer lugar na América profunda. Como é sabido, esses aviões (que hoje em dia já são uns sete mil) têm duas funções: espiar e matar. Ambas comandadas a muitos milhares de quilómetros de distância. Ora o Pentágono reparou que os operadores remotos estavam a ficar com níveis elevados de stress, e achava que podia ter a ver com a extraordinária nitidez com que, após essas matanças teleguiadas, os cadáveres aparecem nos écrans em todo o seu esplendor macabro. Mas afinal, não. O estudo agora publicado mostra que os operadores não se deixam afectar por isso, pois ficam com a sensação de ter ajudado os seus camaradas no terreno. Quanto mais estropiados os cadáveres dos alegados taliban, melhor -- assim a garantia de segurança é total. Em contrapartida, o que está a destrambelhar esses pilotos de secretária são as horas. Dadas as diferenças de fuso horário e o facto de muitas vezes não se poder combinar com os terroristas a hora excta a que vão ser mortos, os operadores trabalham com frequência horas a mais e ficam pela noite hora. Tudo coisas que fazem mal à saúde, como é público.
fonte: Do Outro Mundo
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