A Amnistia Internacional apelou hoje a três estados africanos para deterem George W. Bush durante uma visita do antigo presidente norte-americano, acusando-o de "crimes" e de "tortura".
Bush vai estar a partir de hoje e até 5 de Dezembro na Zâmbia, Tanzânia e Etiópia, no quadro de uma deslocação para promover programas de saúde.
Em comunicado, a Amnistia Internacional afirma que "há suficientes provas no domínio público (...) para pedir à Etiópia, Tanzânia e Zâmbia para abrirem uma investigação sobre a sua alegada responsabilidade em actos de tortura e para assegurarem a sua presença durante o inquérito".
Bush é acusado de ter autorizado métodos de tortura nos Estados Unidos justificados com a "guerra contra o terrorismo" nos anos 2000, incluindo a simulação de afogamento.
"Todos os países que recebem a visita de George W. Bush têm a obrigação de o entregar à justiça pelo seu papel na tortura", afirmou Matt Pollard, conselheiro jurídico da Amnistia, citado pela France Presse.
"A lei internacional exige que não haja refúgio possível para os responsáveis por tortura. A Etiópia, a Tanzânia e a Zâmbia devem aproveitar esta oportunidade para cumprir as suas obrigações e pôr fim à impunidade de que George W. Bush tem beneficiado até agora", prossegue a Amnistia.
Em Outubro, a Amnistia fez idêntica diligência junto do Canadá que então recebeu a visita de Bush para participar numa conferência.
Em Fevereiro, Bush cancelou uma deslocação à Suíça depois de apelos à sua detenção.
fonte: DN
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