A duas semanas do início dos
Jogos Olímpicos, por causa do fracasso das empresas privadas de segurança, o
governo britânico foi obrigado a recrutar mais 3500 soldados do que o previsto.
Segundo o jornal espanhol El Mundo o caos está instalado. Existem ainda
problemas nos transportes, estações em obras e estradas fora de circulação.
Os Jogos Olímpicos arriscam-se a
começar, em Londres, no dia 27 de julho sem todos os problemas de segurança
resolvidos. A empresa privada G-4S - responsável pela segurança - já reconheceu
que não têm elementos suficientes para garantir o acesso ao Parque Olímpico e
por isso o governo britânico foi forçado a intervir recrutando mais 3500
soldados, contabilizando no total 17 mil efetivos do Exército no local.
Mil soldados terão de vir a
partir de uma base alemã. Muitos outros foram recrutados mal chegaram do
Afeganistão. A militarização dos Jogos Olímpicos é inevitável e a fatura que o
contribuinte britânico terá de pagar por este "plano de contingência"
é de 25 milhões de euros.
O fiasco da empresa G-4S, que em
maio anunciou ter 100 mil ofertas para preencher 10 mil vagas de emprego, foi
claro para o governo de David Cameron, empenhado a cortar nos efetivos de
polícia em nome da austeridade, e em deixar nas mãos dos privados a
rentabilidade do negócio da segurança. Um ex-funcionário da G-4S declarou à
Skynews que a falta de formação dos agentes privados é tal que "nas
condições atuais há um risco de 50% de alguém conseguir realizar um atentado e
enganar a segurança".
Escândalo semelhante aconteceu
nos aeroportos, forçados a contar com funcionários públicos depois de ser
evidente que as empresas privadas não tinham pessoal qualificado suficiente
para lidar com a enchente de mais de 300 mil visitantes esperados em Londres
durante os Jogos.
A qualquer um destes escândalos
teve de responder na Câmara dos Comuns a ministra do Interior, Theresa May, em
risco de tornar-se a primeira vítima política em 2012. May anunciou - e até
pareceu uma piada - que os soldados e as suas famílias recebem 10 mil bilhetes
gratuitos para compensar o esforço de ficar sem férias.
Ao caos da segurança é adicionado
o colapso das estações ferroviárias verificado no primeiro "simulacro
olímpico", obras de emergência por terminar e a principal via de acesso ao
aeroporto de Heathrow fechada ao trânsito.
fonte: Diário de Noticias
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