Edward Snowden fugiu dos Estados Unidos depois de ter denunciado a existência do programa de espionagem com o nome de código PRISM. Um sofisticado sistema da Agência Nacional de Segurança que permite intercetar dados de utilizadores de várias empresas como, por exemplo, o Facebook.
"A partir da minha secretária, eu podia aceder a informações quem quer que fosse, desde um juiz federal ao presidente, bastava ter o email pessoal" afirma Edward Snowden.
O informático de 29 anos refugiou-se em Hong-Kong, país que define com uma "forte tradição de liberdade de expressão" mas nem todos têm a mesma opinião.
"Penso que seria aconselhável deixar Hong-Kong porque temos acordos bilaterais com os Estados Unidos e temos a obrigação de respeitar esses acordos. Em Hong Kong não existe um vazio legal e penso que todos sabem disso" afirma Regina Ip, advogada e antiga secretária da Segurança.
Hong Kong e os Estados Unidos assinaram um acordo de extradição em 1996. Uma situação que para o professor universitário, Simon Young, não colide com os direitos de Snowden:
"Vir para Hong Kong foi, provavelmente, uma boa decisão não só porque temos leis de extradição que protegem os cidadãos - através do sistema judicial - mas também pela proteção dada aos requerentes de asilo."
Antes de abandonar os Estados Unidos, Snowden copiou os documentos que fez chegar à comunicação social. Diz que a passagem por Hong Kong é temporária e que o objetivo é pedir asilo à Islândia. Não exclui a hipótese de terminar os dias na cadeia por ter denunciado um programa que, afirma, permite intercetar "quase tudo", ou seja, chamadas telefónicas, emails e mensagens nas redes sociais.
fonte: Youtube
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