O Pentágono confirmou hoje que o livro escrito por um ex-militar sobre a operação que culminou na morte do líder terrorista Osama Bin Laden contém informação classificada, o que poderá expor o autor a um processo judicial.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos já tinha ameaçado processar o autor de "No Easy Day", que usa o pseudónimo de Mark Owen e foi identificado pela imprensa como sendo Matt Bissonnette, mas não tinha ainda comentado, até agora, se o livro continha segredos de Estado.
"Acreditamos que há informação classificada neste livro", disse hoje, dia em que o livro passou a estar à venda nas livrarias, o porta-voz do Pentágono George Little, em conferência de imprensa.
Questionado sobre o que fará agora a Administração americana, nomeadamente se processará o autor, Little respondeu, segundo a agência AP, que estão a ser ponderadas todas as opções legais.
O porta-voz reiterou que o Pentágono considera que o autor violou o acordo de confidencialidade assinado antes de se reformar, que exigia que o conteúdo do livro fosse submetido a apreciação militar antes de ser publicado. "Uma questão de senso comum", disse Little.
"Este compromisso continua a ser válido mesmo depois de deixar o serviço", sustentou o máximo representante legal do Pentágono, na carta que dirigiu ao ex-militar, a 31 de agosto.
A publicação do livro "No Easy Day" foi uma surpresa para a Casa Branca e para o Pentágono.
Segundo o relato do ex-militar - que terá deixado o exército a 20 de abril deste ano --, o "inimigo número um" dos EUA "nem sequer se tinha preparado para se defender", enquanto a Casa Branca reportou que os militares norte-americanos encontraram resistência por parte de Bin Laden, que terá tentado alcançar uma arma e que, por isso, terá sido morto.
O autor do livro, que participou na operação que culminou na morte Bin Laden, diz ter decidido escrever a sua versão "por honra e não por política".
Em entrevista à cadeia CBS, que será emitida a 09 de setembro, o ex-militar explica que a sua obra pretende prestar homenagem às pessoas que perderam a vida nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. "Este livro não é político de modo algum", garante.
fonte: Diário de Noticias
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