EUA conseguem acionar ataque por drones a partir de informação recolhida através de e-mails e chamadas em todo o mundo
Documentos revelados por Edward Snowden sobre espionagem dos EUA mostram que apenas um e-mail é suficiente para localizar um suspeito terrorista.
O escândalo que tornou o nome de Edward Snowden famoso mostrou que a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA, sigla em inglês de National Security Agency) consegue espiar milhões de chamadas e mensagens de e-mail em todo o Mundo. O que não sabíamos é que a informação recolhida por esta agência e pelos serviços secretos dos EUA (CIA, sigla de Central Intelligence Agency) é tão detalhada que consegue localizar um alvo terrorista através de um único e-mail.
Citando os documentos secretos que Snowden revelou, o jornal ‘Washington Post’ explica que as agências de informação NSA e CIA trabalham em conjunto na recolha de informação sobre suspeitos de terrorismo. Informação essa que é depois usada para localizar o alvo de um ataque drone.
O jornal norte-americano descreve memso um destes casos, ocorrido em 2011, em que uma única mensagem supostamente 'inócua' de e-mail foi enviada para Hassan Ghul, membro da rede terrorista Al-Qaeda, morto depois num ataque aéreo levado a cabo por um avião não-tripulado, que vitimou também a sua mulher.
Importa ainda realçar que este terrorista esteve detido pela CIA durante dois anos e meio, entre 2004 e 2006, antes de ser transferido para um sistema prisional paquistanês. As mortes de Ghul e da sua mulher nunca foram confirmadas publicamente pelo governo dos EUA.
Além da espionagem de chamadas e mensagens de correio eletrónico, a NSA tem mais ‘cartas na manga’. O ‘Washington Post’ refere que esta agência de informação tem à sua disposição “um arsenal de ferramentas, capazes de secretamente controlar computadores portáteis, desviar ficheiros áudio e controlar transmissões radiofónicas”.
O programa de drones militares tem sido um dos pontos fundamentais da estratégia de combate ao terrorismo implementada pela administração de Barack Obama.
fonte: Correio da Manhã
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