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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Autoridades de Saúde criam sistema de monitorização por causa da crise


A monitorização vai avaliar as necessidades alimentares das crianças

Por decisão do Conselho de Autoridades de Saúde, vai ser criado em Janeiro um sistema de monitorização para aferir os eventuais feitos negativos da crise económica, financeira e social na saúde e na qualidade de vida das famílias portuguesas.

“Vamos fazer a monitorização dos eventuais efeitos negativos da crise na saúde das famílias”, declarou ao PÚBLICO o director-geral de Saúde, Francisco George, que preside ao Conselho de Autoridades de Saúde (CAS).

“No fundo o que foi decidido hoje na reunião foi proceder-se à afinação de um índice que permita produzir alertas em caso de necessidade a nível local e isso já está em construção e pensamos que na primeira quinzena de Janeiro entrará em funcionamento”, adiantou Francisco George. Esta monitorização, que “é abrangente”, segundo aquele responsável, permitirá, por exemplo, avaliar as necessidades alimentares das crianças em idade escolar em todo o país.

"Preocupado, mas não alarmado”, com a situação de crise que varre o país, o presidente do CAS revelou que durante a reunião não foi relatada nenhuma situação anormal.

“Nenhum dos meus colegas citou agravamentos em relação a períodos homólogos”, revelou, evitando dar mais detalhes sobre o que se passou no encontro, no qual participaram delegados de saúde regionais, os três coordenadores dos principais programas de prevenção das doenças crónicas (diabetes, obesidade e cardiovascular) e ainda um delegado do nível de agrupamentos de centros de saúde por casa região
George reconhece que a situação não está controlada, mas promete que as autoridades de saúde vão passar a estar mais atentas aos principais problemas.

“Com este sistema vamos perceber tendências, mas primeiro tenho de ver o incide que estão a fabricar. Foi dado o prazo até 6 de Janeiro e depois vamos ver se funciona bem ou não”, adiantou.

No final da reunião, onde se discutiu também o relatório final da aplicação e do impacto da lei do tabaco, Francisco George tentou esvaziar alguma dramatização, assegurando que foi feita uma ronda, que não deixa perspectivar “indícios de problemas diferentes daqueles que existiam antes [da crise]”.

Há duas semanas, apesar de preocupado, o presidente do Conselho de Autoridades de Saúde tinha manifestado a convicção de que “não seria necessário, pelo menos para já, tomar qualquer medida extraordinária”. Mas nas escolas a convicção é bem diferente. Há já crianças com fome e os responsáveis temem que a situação se agrave.

fonte: Público

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