RELÓGIO DO APOCALIPSE

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Wuant junta-se a movimento contra proposta da UE sobre direitos de autor


Há uma proposta da União Europeia (UE) para encontrar formas eficazes de os detentores de direitos de autor protegerem o respetivo conteúdo online. À partida seria algo bom para os Youtubers, mas estes discordam. Wuant e outros portugueses já se juntaram ao movimento "#SaveyourInternet" ("salva a tua Internet").

O objetivo é evitar que o "Artigo 13" da dita proposta seja colocado em prática. Caso se torne lei, ​​plataformas como o YouTube, Facebook ou Instagram serão responsabilizadas por qualquer violação de direitos de autor. Mas uma vez que nem todos os conteúdos são protegidos e os que são não têm uma lei bem definida, acaba por não haver um consenso sobre quem detém esses direitos e que conteúdos devem ser protegidos.

Na dúvida, as plataformas digitais bloqueiam os conteúdos para não serem prejudicadas. Nesse sentido, ao ser aprovada a proposta da UE, vídeos como "covers" musicais, montagens ou paródias podem passar a ser mais facilmente censurados.

A versão final do "Artigo 13" ainda está a ser avaliada e pode sofrer alterações. Entretanto, vários Youtubers de todo o Mundo juntaram-se ao movimento que pretende parar a proposta para evitar que conteúdos sejam bloqueados e que contas de utilizadores sejam eliminadas.


Os portugueses "wuant" e "Tiagovski" são alguns dos Youtubers que reagiram a esta proposta da UE e decidiram associar-se ao movimento. Num vídeo publicado com o título "O meu canal vai ser apagado", wuant fala sobre o tema e apela a que mais pessoas se juntem ao "#SaveyourInternet". Por sua vez, Tiagovski questiona se "após nova lei será o fim do Youtube?".


Uma petição internacional está a circular pela Internet e já conta com mais de três milhões de assinaturas. "Stop the censorship-machinery! Save the Internet!" (Pára a máquina da censura! Salva a Internet!") é o nome da petição, com a mensagem de que a Internet está a ser "ameaçada" pelo "Artigo 13".

No movimento, circula ainda uma mensagem a apelar aos Youtubers que criem um vídeo a falar da proposta até ao final de novembro. Além disso, é pedido que partilhem textos no Twitter com a "hashtag" #SaveYourInternet, adiram ao movimento na página de Youtube, assinem a petição e que peçam aos seguidores fazer exatamente o mesmo.

A votação a favor do "Artigo 13" ocorreu em setembro, mas a proposta terá de passar por um último escrutínio em janeiro de 2019, no Parlamento Europeu.


terça-feira, 13 de novembro de 2018

Empresas britânicas querem implantar microchips nos funcionários


Empresas do Reino Unido estão a estudar a hipótese de implementarem chips nos funcionários. Chips podem ser usados para patrões controlarem a vida dos trabalhadores, defendem sindicatos.

Alguns dos maiores empregadores do Reino Unido estão a estudar a hipótese de implementar uma medida que fez soar muitos alarmes depois de sugerir a hipótese de as empresas britânicas implantarem microchips nos seus trabalhadores, sob a justificação de melhorarem a segurança dos empregados.

O CBI, que representa 190.000 negócios no Reino Unido, já mostrou preocupações com a hipótese de os trabalhadores serem sujeitos a esta inovação, afirmando que as empresas se devem preocupar mais com "prioridades mais imediatas e em satisfazer as necessidades dos seus trabalhadores".

A empresa britânica BioTeq, que cria e vende esses dipositivos a empresas e privados, já implantou 150 chips no Reino Unido, embora maior parte dos mesmos tenham sido a particulares individuais. Os dispositivos em causa são implantados na área muscular entre o indicador e o polegar de uma das mãos e permitem às pessoas abrir a porta da frente, ligar a ignição do carro ou até dar informações pessoais no médico ou noutra situação que tal.

Uma das empresas que cria esses dispositivos, a sueca Biohax, contou ao Sunday Telegraph que está a discutir com várias empresas britânicas a possibilidade de implementar os chips nos trabalhadores das mesmas. Segundo os suecos, estão mesmo em negociações com empresas com milhares de trabalhadores.

O representante dos direitos dos trabalhadores da TUC mostrou preocupações com a possibilidade de as empresas obrigarem os seus trabalhadores a se submeterem à implementação destes dispositivos, dizendo: "Microchippar vai dar mais poder aos patrões e dar um controlo ainda maior sobre o trabalho dos empregados". "Os empregadores não devem deixar de lado os riscos envolvidos ou pressionar o seu pessoal a serem chipados."

Os chips da BioTeq custam entre os 80 e os 300 euros (70 a 260 libras) por pessoa. O director da empresa e todos os membros da direcção têm chips já implantados.


sábado, 10 de novembro de 2018

O sistema de vigilância da China já identifica pessoas pela forma de andar


A empresa tecnológica chinesa Watrix desenvolveu um sistema de câmaras inteligentes, capaz de identificar uma pessoa com precisão apenas pela forma como ela caminha, além de avaliar o formato do corpo.

Este é mais um método de vigilância do cidadão empregado pelo governo chinês que tem vindo a causar preocupações em relação à privacidade dos habitantes do país. Até à data, as autoridades começaram a implementar o sistema nas cidades de Pequim e Xangai.

Segundo Huang Yongzhen, CEO da Watrix, o sistema é capaz de fazer a devida identificação de uma pessoa a até 50 metros de distância, eliminando a necessidade de fazer zoom no rosto.

Além disso, as câmaras funcionam com a mesma precisão até quando a pessoa filmada está de costas ou com o rosto tapado. A garantia da empresa chinesa é: se há movimento, a câmara vai saber quem é.

O software da Watrix, explica a AP News, extrai a silhueta de uma pessoa do vídeo e analisa o seu movimento para criar um modelo da forma como caminha. Mas ainda não é capaz de identificar pessoas em tempo real. O vídeo tem que ser carregado no programa, demorando cerca de 10 minutos para pesquisar uma hora de vídeo.

“Não precisamos da cooperação da pessoa para saber a sua identidade. A análise de caminhada não pode ser enganada por simplesmente fingir um passo manco, andar com um tornozelo torcido ou com os ombros baixos e debruçados, uma vez que estamos a analisar traços do corpo inteiro”, explicou Yongzhen.

A implementação tem sido testada na prevenção de pequenos crimes, como atravessar uma rua com sinal vermelho para pedestres ou identificação de fugitivos no meio de uma multidão. Além da vigilância, o reconhecimento do andar também pode ser usado para identificar pessoas em perigo, como idosos que caíram.

O governo chinês é conhecido — e criticado por entidades internacionais — por usar tecnologias de ponta para a vigilância dos seus cidadãos. As câmaras da Watrix vêm agora complementar um outro sistema de reconhecimento facial já utilizado pelas autoridades. Com a adoção da tecnologia pelo governo, a empresa já conseguiu angariar cerca de 12,7 milhões de euros.

De acordo com Yongzhen, embora o software não seja tão bom como o reconhecimento facial, a taxa de precisão de 94% é suficiente para uso comercial.

A tecnologia em si não é nova. Investigadores do Japão, Reino Unido e Estados Unidos já têm estudado os sistemas de reconhecimento do andar por mais de uma década, mas poucos tentaram comercializá-la.


fonte: ZAP

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Junta 11 banqueiros, milionários e empresários. Balsemão vai criar Clube Bilderberg à portuguesa


De Paula Amorim a Vasco de Mello, do presidente do Novo Banco ao da Galp, sem esquecer as líderes das Fundações Gulbenkian e Champalimaud. O grupo vai seguir as mesmas regras que o Clube Bilderberg.

Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro ministro e fundador do grupo Impresa, vai criar em Portugal um grupo semelhante ao Clube Bilderberg, noticia esta sexta-feira o Público. O grupo vai chamar-se “Encontros em Cascais” e arrancará ainda este mês na presença de 50 pessoas. A direção vai ser constituída por 11 pessoas, entre as quais ele e o filho, além de Paula Amorim, Leonor Beleza, Carlos Carreiras e António Ramalho. A missão será encontrar soluções para os problemas de Portugal e da Europa, explica o jornal.

O grupo vai seguir as mesmas regras que o Clube Bilderberg, uma conferência anual privada que acontece desde 1954 num hotel homónimo na Holanda e que reúne parte da elite política e económica do mundo ocidental. Nenhum jornalista vai poder assistir aos encontros. E todos os membros têm de obedecer às chamadas Chatham House Rule, uma norma segundo a qual quem assistir aos encontros pode falar das ideias partilhadas nas reuniões, desde que não desvende quem é que as expressou.

Segundo o Público, a lista completa de empresários na direção do grupo é composta por Francisco Pinto Balsemão, que esteve mais de 30 anos no conselho diretor de Bilderberg; o filho, Francisco Pedro, que lidera a Impresa; Paula Amorim, presidente do Grupo Amorim; Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian; Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud; o autarca Carlos Carreiras, à frente da Câmara de Cascais; António Lagartixo, do comité executivo na Deloitte Portugal & Angola; Vasco de Mello, presidente do Grupo José de Mello; Pedro Penalva, presidente da AON; António Ramalho, presidente do Novo Banco; e Carlos Gomes da Silva, presidente da comissão executiva da Galp Energia.

Carlos Carreiras é o único político no ativo a integrar a direção dos Encontros em Cascais. Todos os outros são empresários e executivos nas áreas das finanças, social e educação. Juntos vão funcionar de forma semelhante ao comité diretor de Bilderberg, onde Francisco Pinto Balsemão se assumiu como um dos membros mais célebres durante 32 anos. Cada um dos membros pode permanecer na direção do grupo durante um mandato de três anos, que só pode ser renovado uma vez. E vai convidar quatro pessoas, portuguesas ou não, para assistir às reuniões.

fonte: Observador

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Bayer afunda em bolsa após tribunal nos EUA validar que glifosato causou cancro

Bayer afunda em bolsa após tribunal nos EUA validar que glifosato causou cancro

Na segunda-feira à noite, um juiz dos Estados Unidos reduziu a indemnização paga à Monsanto em mais de 200 milhões de dólares, para 78 milhões, mas confirmou a fundamentação da sentença lida no verão em São Francisco.

Os títulos da gigante química alemã Bayer estão em forte queda na bolsa alemã, após a confirmação, nos Estados Unidos, da condenação de sua subsidiária Monsanto por esconder a perigosidade do Roundup, o seu herbicida com glifosato.

As acções da Bayer descem 7,25% para 70,99 euros na Bolsa de Frankfurt, elevando as suas perdas para mais de 30% desde o início do ano. Na sessão de hoje os títulos já estiveram a cair 8,52%.

Na segunda-feira à noite, um juiz dos Estados Unidos reduziu a indemnização paga à Monsanto em mais de 200 milhões de dólares, para 78 milhões, mas confirmou a fundamentação da sentença lida no verão em São Francisco.

Os investidores vêem a sentença como "uma surpreendente derrota para a Bayer", de acordo com o jornal Süddeutsche Zeitung, já que a decisão provavelmente influenciará as mais de oito mil acções em andamento nos tribunais nos Estados Unidos por causa dos produtos de glifosato da Monsanto.

Depois de um processo retumbante, um júri popular de São Francisco concluiu em 10 de Agosto que a Monsanto, que em breve seria absorvida pela Bayer, agiu de forma "maliciosa" ao esconder a natureza potencialmente cancerígena do glifosato.

De acordo com esse julgamento, que já havia provocado a queda da Bayer no mercado de acções, os herbicidas Roundup e a RangerPro contribuíram "significativamente" para o cancro de Dewayne Johnson, de 46 anos, um jardineiro que tem a doença em estado terminal.

Após a nova decisão na segunda-feira, a Bayer disse que a redução acentuada na indemnização a pagar foi "um passo na direcção certa", mas continua a contestar fundamentalmente a perigosidade do glifosato e pretende recorrer.

A gigante alemã, que aposta a médio prazo no papel crescente da química para alimentar o planeta, teve que desembolsar 63 biliões de dólares (54 biliões de euros) para adquirir a Monsanto, ao mesmo tempo que entregou 7,6 biliões de euros em activos à sua compatriota BASF.


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